Veículos autônomos também conhecidos como carros robóticos ou carros sem motorista têm como seu principal objetivo integrar um conjunto de tecnologias de sensores, de sistemas de controle e atuadores para sensoriar o ambiente, determinar as melhores opções de ação e executar estas ações de forma mais segura e confiável do que poderia ser obtida por um condutor humano comum. Ainda que as pesquisas estejam adiantadas, até a presente data estes veículos ainda não estão disponíveis para uso geral.
Atualmente, diversos recursos tecnológicos como freios ABS, comunicação inter-veicular e outros recursos, já automatizam processos específicos de um veículo, porém a decisão final de navegação ainda é do condutor humano. Os veículos autônomos, assim, têm como objetivo substituir o condutor humano por um sistema de controle computacional que integre os recursos tecnológicos do veículo. Diversas técnicas diferenciadas têm sido desenvolvidas pelos grupos de pesquisa ao redor do mundo para atingir estes objetivos.
FORD, VOLVO, GOOGLE E UBER SE
UNEM POR CARROS AUTÔNOMOS NOS EUA.
Nova associação tem como
objetivo facilitar a entrada dos veículos sem motoristas no mercado
norte-americano.
As montadoras Ford e Volvo, o Google
e o serviço de carros com motoristas particulares Uber, na
última terça-feira (26), iniciaram uma aliança, que tem como objetivo facilitar a
entrada dos carros autônomos sem motoristas no mercado dos Estados Unidos.
De acordo com David Strickland, porta-voz da coalizão e ex-chefe da Administração Nacional de Segurança de Tráfego em Rodovias (NHTSA, em inglês) dos EUA, os carros autônomos precisam de uma normativa federal clara, e a aliança trabalhará com as autoridades competentes para encontrar soluções que facilitem a locomoção desses veículos.
Atualmente, a legislação norte-americana permite que os carros autônomos sejam utilizados apenas em testes. Entre as empresas integrantes da associação, o Google é a que há mais tempo trabalha com o desenvolvimento desse tipo de veículo, lançando, em 2014, um protótipo sem pedais, volante e que se locomove sozinho, chamado de Google Car.
Google e seu desenvolvimento.
O protótipo do carro do Google é bem compacto e lembra vagamente um cherry smart coupe, possuindo espaço para apenas dois passageiros. O funcionamento parece ser o mais simples possível: basicamente, você precisa entrar no carro, apertar um botão e dizer para onde quer ir. O carro começará a andar sozinho e mostrará o trajeto em uma tela no painel.
Aceleração, freio e direção são controlados por um computador que recebe constantemente dados de sensores que são capazes de detectar objetos a uma distância de mais de dois campos de futebol em todas as direções. Se você notar que algo está dando errado, há um botão para parar o carro, mas os equipamentos são redundantes: há dois sistemas de freio e dois de aceleração. Em caso de falha num deles, o outro entra em ação.
Como segurança é um fator bem importante em um carro que anda sem intervenção humana, o veículo possui algumas características bem peculiares: a velocidade máxima foi limitada em 40 km/h, a frente é construída com espuma e o para-brisa é flexível. Portanto, se o carro do Google não detectar um pedestre ou um ciclista na rua, por exemplo, o choque será amortecido.
O Google pretende construir mais 100 protótipos desses carros durante os próximos dois anos e espera testá-los ainda este ano nas ruas da Califórnia. Apesar disso, a empresa não quer se tornar uma montadora de automóveis.
Alguns benefícios que virão com essa tecnologia.
-Redução dos acidentes de trânsito provocados por fatores humanos;
-Possibilidade de deficientes (motoras ou visuais) utilizarem o automóvel sem auxílio de terceiros;
-Aumento da produtividade já que o condutor pode realizar outras atividades durante o processo de navegação;
-Otimização dos recursos veiculares através da utilização adequada dos componentes.
-Aumento da capacidade de tráfego das vias com a redução das distâncias entre os veículos, em função de menor tempo de reação para frenagens.
Um caso bem animador.
Os carros
capazes de andar sozinhos do Google ainda não chegaram ao mercado, mas pelo
menos já fizeram um consumidor feliz. Steve Mahan, norte-americano
que tem apenas 5% da visão, foi o escolhido do gigante da web para “dirigir” um
de seus carros em um percurso de 300 km pelas estradas do estado de Milwaukee.
“95% de minha visão se foi. Assim
você perde muito tempo e tudo demora muito. Há lugares em que você não pode ir,
coisas que realmente não pode fazer. Isso mudaria minha vida me dando
flexibilidade e independência para ir a lugares em que eu quero ou preciso a
qualquer hora” –
afirmou no vídeo.
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