Em uma época onde nossos arquivos não eram
armazenados na nuvem, um bom hardware era essencial.
Eles eram grandes e parrudos, e possuíam a mesma capacidade de armazenamento de um simples celular da atualidade. Tempos depois, com diversas novas possibilidades e
tecnologias de armazenamento, foram inventadas algumas nomenclaturas para
facilitar a divisão e o entendimento sobre tais aparelhos. Aqui, vamos falar sobre as diferença, vantagens e desvantagens entre o HDs e o SSDs.
Os aparelhos que normalmente utilizam a memória HD de discos magnéticos são os desktops convencionais, os all-in-one (tudo-em-um, como o iMac), os notebooks e os servidores. Eles precisam deste tipo de HD para executar suas funções que usualmente são mais exigentes que nos tablets e smartphones.
O SSD é um pouco diferente. Sua sigla significa solid-state drive, (em português unidade de estado sólido). Sua construção é baseada em um circuito integrado semicondutor, feito em um único bloco. Diferentemente do HD convencional, onde o armazenamento é feito em discos magnéticos, ou como os CDs e DVDs, que funcionam com leitura ótica, os SSD podem utilizar a memória RAM, memória flash (como nos cartões SD das câmeras fotográficas) ou o próprio semicondutor.
Há vantagens do SSD em relação aos HDs: por não possuírem componentes eletromecânicos para a leitura dos arquivos, ele se torna completamente silencioso. Isso também facilita o acesso aos dados, algo primordial para quem precisa de velocidade (ao contrário dos discos rígidos, no qual 'braço' mecânico de leitura precisa ir de uma ponta a outra do disco para ler alguma informação, o SSD tem tudo à mão). Ele também esquenta menos e consome menos energia. Porém, a capacidade de armazenamento é bem menor que a dos HDs usados nos desktops, e seu custo final para o usuário é bem maior.
Smartphones, tablets e nettops estão entre os aparelhos que mais utilizam SSD. Porém, não podemos esquecer também das máquinas fotográficas digitais, que utilizam deste tipo de armazenamento para dar um tempo maior de resposta em suas fotos e armazenar um número bem maior de imagens. Esses aparelhos citados não precisam de uma memória muito grande, porém, precisam que o tempo de resposta seja o mais rápido possível. Um vídeo feito pela Samsung, em inglês, mostra a diferença entre os dois tipos de aparelho.
Algumas análises:
- Capacidade: unidades SSD com maior armazenamento podem ser muito caras. Enquanto 500 GB é considerado um disco rígido padrão básico para qualquer sistema, preocupações com preços podem te fazer optar por um SSD de menor capacidade, com preço mais baixo. Computadores para quem quer assistir e armazenar vídeos, fotos e músicas vai exigir ainda mais capacidade. Basicamente, quanto mais capacidade de armazenamento, mais arquivos você pode guardar em seu computador. HDs tem mais capacidade mais barata, SSDs tem a mesma capacidade que HDs, mas são mais caros.
- Velocidade: este é o lugar onde SSDs ganham de lavada. Um PC equipado com SSD vai funcionar muito mais rápido, ligando em questão de segundos. Um disco rígido requer tempo para carregar especificações operacionais, e continuará a ser mais lento do que um SSD durante o uso normal. Um PC ou Mac com SSD é mais rápido para ligar, abre aplicativos mais rapidamente, e tem um desempenho mais rápido, no geral. Seja para o divertimento, estudos, ou negócios, a velocidade pode ser uma importante diferença para o tipo de computador que você está montando.
- Fragmentação: por causa de suas superfícies de gravação rotativas, superfícies de HDs normais trabalham melhor com arquivos maiores gravados em blocos contínuos. Dessa forma, a “agulha” da unidade pode começar e terminar a sua leitura em um movimento contínuo. Quando os discos rígidos começam a encher demais, arquivos grandes podem se espalhar em torno do prato de disco, algo conhecido como fragmentação, prejudicando a velocidade de leitura e gravação de dados nos HDs. Enquanto isso, SSDs não tem este problema, já que a localização física da gravação dos arquivos não importa tanto. Assim, SSDs são inerentemente mais rápidos.
- Durabilidade: SSDs não tem partes móveis e por isso, é mais provável que mantenha seus dados seguros, no caso de você deixar cair sua bolsa do laptop ou seu sistema for abalado por um impacto ou pique de luz enquanto ele está funcionando. A maioria dos discos rígidos para a agulha de leitura/gravação quando o sistema está desligado, mas as partes móveis estão funcionando em alta velocidade quando eles são ligados. Além disso, mesmo os sistemas de segurança para impactos têm limites, e partes móveis também se desgastam mais rapidamente. Se você abusa muito do seu equipamento, é recomendado comprar um SSD.
- Disponibilidade: discos rígidos (HDs) são mais comuns. Porém, os SSDs tem ganhado o público, e cada vez mais fabricantes lançam novos modelos. Podemos considerar que aqui há um empate técnico.
- Tamanho físico: como os HDs tem pratos giratórios, há um limite para o quão pequeno eles podem ser. SSDs não têm essa limitação, continuando a diminuir à medida que o tempo passa, podendo armazenar mais de 100 GB em um espaço menor do que um pen drive. Se você tem pouco espaço disponível ou quer um laptop mais “magro” e leve, o SSD é a opção certa. Mas se isso não importa tanto, o HD pode trazer o armazenamento a mais que você precisa.
- Ruído: até o HD mais silencioso irá emitir um pouco de barulho quando ele está em uso. Discos rígidos mais rápidos, inclusive, vão fazer mais barulho do que os mais lentos. SSDs não fazem qualquer ruído, principalmente porque não tem partes mecânicas.
Para efeitos de comparação, é importante olharmos a média de preço entre os dois. Um HD convencional de 160Gb custa, em média, entre 110 e 150 reais, variando de acordo com o modelo. Já um SSD de 128Gb, um dos maiores do mercado, custa entre 400 e 700 reais variando de acordo com o modelo. O preço pode parecer alto, mas não é usual utilizar esse tipo de SSD; os mais utilizados são os de 16 e 32Gb, que custam entre 80 e 150 reais quando feito de memória flash, ou SSD de 64Gb custando 300 reais, quando é feito de semicondutores.
Por fim, temos um vídeo de testes realizados em um HD e em um SSD.
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