- DENGUE
O que é Dengue?
A dengue é uma doença viral transmitida
pelo mosquito Aedes aegypti.No Brasil, foi identificada pela primeira vez em
1986. Estima-se que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente no
mundo.
Como a dengue pode ser transmitida?
A principal forma de transmissão é pela
picada dos mosquitos Aedes aegypti. Há registros de transmissão vertical
(gestante - bebê) e por transfusão de sangue.
Quais são os sintomas da dengue?
A infecção por dengue pode ser
assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a
primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto,
que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo
e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na
pele.
Perda de peso, náuseas e vômitos são
comuns. Na fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la. A forma
grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes,
sangramento de mucosas, entre outros sintomas.
Qual o tratamento para dengue?
Não existe tratamento específico para
dengue. O tratamento é feito para aliviar os sintomas Quando aparecer os
sintomas, é importante procurar um serviço de saúde mais próximo, fazer repouso
e ingerir bastante líquido.
Como prevenir?
Ainda não existe vacina ou medicamentos
contra dengue. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito,
mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas
que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais
ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas
principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser
usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa
proteção pra aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas
acamadas e trabalhadores noturnos).
Como denunciar os focos do mosquito?
As ações de controle da dengue ocorrem,
principalmente, na esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado, e
não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, a Secretaria
Municipal de Saúde deve ser acionada.
- CHIKUNGUNYA
O que é o Chikungunya?
A Febre Chikungunya é uma doença
transmitida pelos mosquitos Aedes aegypt. No Brasil, a circulação do vírus foi
identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa "aqueles que
se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência
curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na
Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas são febre alta de
início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos,
tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e
manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez.
Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas
iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o
vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus
está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
Como é feito o tratamento?
Não existe vacina ou tratamento
específico para Chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a
febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é
recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.
Recomenda-se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em
abundância.
Como prevenir?
Assim como a dengue, é fundamental que
as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas
suas casas e na vizinhança. Quando há notificação de caso suspeito, as
Secretarias Municipais de Saúde devem adotar ações de eliminação de focos do
mosquito nas áreas próximas à residência e ao local de atendimento dos
pacientes.
- ZIKA
O que é o Zika?
O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes
aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus
Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em
1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela,
na floresta Zika, em Uganda.
Quais são os sintomas?
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo
vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são
dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na
pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são
inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da
doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No
entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês.
Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente,
evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira
vez na história.
Como é transmitida?
O principal modo de transmissão descrito
do vírus é pela picada do Aedes aegypti.
Qual o tratamento?
Não existe tratamento específico para a
infecção pelo vírus Zika. Também não há vacina contra o vírus. O tratamento
recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno
(paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de
erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados.
Cuidados para o público em geral?
Prevenção/Proteção
› Utilize telas em janelas e portas, use
roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do
corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.
› Fique, preferencialmente, em locais
com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
Cuidados
› Caso observe o aparecimento de manchas
vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, busque um serviço de saúde para
atendimento.
› Não tome qualquer medicamento por
conta própria.
› Procure orientação sobre planejamento
reprodutivo e os métodos contraceptivos nas Unidades Básicas de Saúde.
Informação
› Utilize informações dos sites
institucionais, como o do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde.
› Se deseja engravidar: busque
orientação com um profissional de saúde e tire todas as dúvidas para avaliar
sua decisão.
› Se não deseja engravidar: busque
métodos contraceptivos em uma Unidade Básica de Saúde.
Não se recomenda o uso de ácido
acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios, em função do risco
aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros
flavivírus. Os casos suspeitos devem ser tratados como dengue, devido à sua
maior frequência e gravidade conhecida.
Cuidados para a gestante
Prevenção/Proteção
› Utilize telas em janelas e portas, use
roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do
corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.
› Fique, preferencialmente, em locais
com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
Cuidados
› Busque uma Unidade Básica de Saúde
para iniciar o pré-natal assim que descobrir a gravidez e compareça às
consultas regularmente.
› Vá às consultas às consultas uma vez
por mês até a 28ª semana de gravidez; a cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª
semana; e semanalmente do início da 36ª semana até o nascimento do bebê.
› Tome todas as vacinas indicadas para
gestantes.
› Em caso de febre ou dor, procure um
serviço de saúde. Não tome qualquer medicamento por conta própria.
Informação
› Se tiver dúvida, fale com o seu médico
ou com um profissional de saúde.
› Relate ao seu médico qualquer sintoma
ou medicamento usado durante a gestação.
› Leve sempre consigo a Caderneta da
Gestante, pois nela consta todo seu histórico de gestação.
Cuidados com o recém-nascido
› Proteger o ambiente com telas em
janelas e portas, e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas
– calças e blusas.
› Manter o bebê em locais com telas de
proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
› A amamentação é indicada até o 2º ano
de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6 meses de vida.
› Caso se observem manchas vermelhas na
pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde.
› Não dar ao bebê qualquer medicamento
por conta própria.
Informação
› Após o nascimento, o bebê será
avaliado pelo profissional de saúde na maternidade. A medição da cabeça do bebê
(perímetro cefálico) faz parte dessa avaliação.
› Além dos testes de Triagem Neonatal de
Rotina (teste de orelhinha, teste do pezinho e teste do olhinho), poderão ser
realizados outros exames.
› Leve seu bebê a uma Unidade Básica de
Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o
calendário de consulta de puericultura.
› Mantenha a vacinação em dia, de acordo
com o calendário vacinal da Caderneta da Criança.
Cuidados com o recém-nascido com
microcefalia
› Proteger o ambiente com telas em
janelas e portas, e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas
– calças e blusas.
› Manter o bebê em locais com telas de
proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
› A amamentação é indicada até o 2º ano
de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6 meses de vida.
› Caso se observem manchas vermelhas na
pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde.
› Não dar ao bebê qualquer medicamento
por conta própria.
› Leve seu bebê a uma Unidade Básica de
Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o
calendário de consulta de puericultura.
› Mantenha a vacinação em dia, de acordo
com o calendário vacinal da Caderneta da Criança.
Informação
› Além do acompanhamento de rotina na
Unidade Básica de Saúde, seu bebê precisa ser encaminhado para a estimulação
precoce.
› Caso o bebê apresente alterações ou
complicações (neurológicas, motoras ou respiratórias, entre outras), o
acompanhamento por diferentes especialistas poderá ser necessário, a depender
de cada caso.
- Microcefalia
O que é a microcefalia?
Microcefalia é uma malformação
congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso,
os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, ou seja, igual
ou inferior a 32 cm. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de
fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos
(infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
Como é feito o diagnóstico?
Após o nascimento do recém-nascido, o
primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas
do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca
ativa de possíveis anomalias congênitas. Também é possível diagnosticar a
microcefalia no pré-natal. Entretanto, somente o médico que está acompanhando a
grávida poderá indicar o método de imagem mais adequado.
Ao nascimento, os bebês com suspeita de
microcefalia serão submetidos a exame físico e medição do perímetro cefálico.
São considerados microcefálicos os bebês a termo com perímetro cefálico menor
de 32 centímetros. Eles serão submetidos a exames neurológicos e de imagem,
sendo a Ultrassonografia Transfontanela a primeira opção indicada, e, a
tomografia, quando a moleira estiver fechada. Entre os prematuros, são
considerados microcefálicos os nascidos com perímetro cefálico menor que dois
desvios padrões.
Neste momento, qual é a recomendação do
Ministério da Saúde para as gestantes?
O Ministério da Saúde reforça às
gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde
e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase,
além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem
durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de
prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o
período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas
para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em
casa ou no trabalho. Independente do destino ou motivo, toda grávida deve
consultar o seu médico antes de viajar.
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